O setor de GLP brasileiro
vive um momento único. A Petrobras anunciou que não será mais responsável por
100% do abastecimento do gás, o que abre a porta para a entrada de investidores
privados. O cenário internacional amplia as expectativas do setor, já que a
grande oferta de GLP faz com que seu preço seja altamente competitivo.
O desafio agora é fazer mudanças na agenda regulatória para tornar o mercado
mais atrativo para o capital privado. O primeiro passo foi dado com o fim da
diferenciação de preços: desde 2002, a Petrobras vendia GLP com valores
diferentes dependendo do tamanho da embalagem que seria comercializado.
Outras medidas podem impulsionar ainda mais o setor, como acabar com a
proibição do uso em piscinas, saunas e caldeiras, além do combate à
informalidade para impedir vendedores clandestinos de comercializar o GLP e
concorrer com as mais de 70 mil revendas autorizadas. Questões ligadas a
subsídios governamentais também precisam ser endereças, segundo setor: em vez
se o governo subsidiar o valor do GLP para todos, por que não focar esse tipo
de medida nas famílias de baixa renda, que realmente precisam?
Em meio ao clima otimista, duas propostas governamentais podem frear o
crescimento do mercado: liberar a venda fracionada do gás e permitir que o
combustível de uma distribuidora seja colocado em botijões de outras marcas.
Além de não terem potencial para cumprir com seu objetivo, que é reduzir o
preço do GLP, as medidas trazem riscos para a segurança dos consumidores.
No vídeo a seguir, Sergio Bandeira de Mello, presidente do Sindigás, analisa o
cenário promissor do setor, fala sobre as desvantagens das propostas do governo
e aponta as mudanças que podem fazer o pujante mercado do GLP subir de patamar.
Fonte: Sindigás